De acordo com um relatório de cinco institutos econômicos alemães, o país perderia € 220 bilhões (US$ 238 bilhões) nos próximos dois anos como resultado de tal choque. O PIB alemão crescerá apenas 1,9% em 2022 e contrairá 2,2% em 2023. O crescimento será de 2,7% este ano se o gás continuar fluindo.
Cortar o gás russo levaria a maior economia da Europa a uma “grave recessão”, disse Stefan Kooths, diretor de pesquisa do Instituto Kiel para a Economia Mundial e um dos autores do relatório.
No entanto, de acordo com a Agência Internacional de Energia, a proibição da venda de gás russo logo causaria estragos na Alemanha, que, segundo a Agência Internacional de Energia, em 2020 dependia da Rússia para fornecer cerca de 46% de seu gás natural. Isso usa combustível para aquecer casas, gerar eletricidade e abastecer fábricas.
Na semana passada, o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, disse que o país “o mais rápido possível” para abandonar a energia russa, mas de repente derramou água fria.
“A questão é: em que ponto faremos mais mal a Putin do que a nós mesmos?” Lindner disse em entrevista ao jornal Die Zeit.
“Se eu pudesse seguir meu coração, haveria um embargo imediato de tudo. No entanto, é duvidoso que pare a máquina de guerra em pouco tempo”, acrescentou.
O principal culpado: o aumento dos preços do gás natural e do petróleo, que subiram quase 40% no mesmo período.
A BDEW, uma associação de fornecedores de energia e serviços públicos alemães, disse na semana passada que estava “pronta para desenvolver um plano detalhado” para uma rápida retirada de gás da Rússia, mas pediu aos políticos que tenham cautela.
“Na verdade, [cutting Russian gas] nada mais é do que uma transformação de toda a indústria alemã”, disse Marie-Luise Wolff, presidente da BDEW, em comunicado.
– Chris Liakos contribuiu para a criação da reportagem.