A família Phillips disse à CNN em um e-mail que Fred Arruda, embaixador do Brasil em Londres, escreveu a eles na terça-feira dizendo: “Lamentamos que a embaixada tenha dado à família informações ontem que não se revelaram verdadeiras”.
Segundo a família, Roberto Doring, vice-chefe da missão da embaixada brasileira em Londres, ligou para eles na segunda-feira para dizer que os corpos foram encontrados.
Em comunicado, a família disse: “Fomos informados por telefone que dois corpos haviam sido encontrados, mas (devido ao fato de ainda ser de manhã no Brasil) nenhuma identificação havia sido feita”.
A polícia federal brasileira negou repetidamente ter encontrado corpos durante as buscas por Phillips e pelo pesquisador brasileiro Bruno Pereira, e na noite de segunda-feira disse que a busca foi “mas nada foi encontrado”.
“A divulgação sobre a descoberta dos corpos de Bruno Pereira e da Casa de Phillips não é precisa”, disse a polícia federal. “Como já divulgado, materiais biológicos foram encontrados e estão sendo investigados, assim como os pertences pessoais dos desaparecidos. Assim que algo for encontrado, a família e a mídia serão informadas imediatamente”.
As organizações indígenas envolvidas na busca também constataram que as informações sobre os dois órgãos eram imprecisas.
Na segunda-feira, Beatriz Matos, esposa de Pereira, disse no Twitter que a polícia disse à sua família que “ninguém foi encontrado”.
“É imperativo entender de onde o embaixador tirou essa informação”, escreveu Matos.
A polícia prendeu um segundo suspeito na terça-feira em conexão com o desaparecimento do casal, de acordo com um comunicado de imprensa da Polícia Federal. O primeiro suspeito foi preso na semana passada.
A polícia disse que o segundo suspeito, um homem de 41 anos, foi interrogado e será encaminhado para interrogatório em um tribunal da cidade. Disseram também que confiscaram alguns cartuchos de armas de fogo e um remo que seriam analisados.
Arruda disse em seu e-mail à família Phillips que autoridades próximas à investigação “enganaram” funcionários da embaixada.
“Depois de pensar um pouco, houve chuva da equipe multi-agência, pela qual peço desculpas de todo o coração”, disse ele, acrescentando: “A operação de busca continuará sem poupar esforços. Nossos pensamentos ficam com Dom, Bruno, nós mesmos e outros membros de ambas as famílias”.
Em comunicado enviado à CNN, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também confirmou as desculpas de seu embaixador por fornecer “informações que se revelaram falsas”.
Eles estavam pesquisando um projeto de livro sobre esforços de conservação em uma região que as autoridades rotularam de “complexa” e “perigosa” e que é conhecida por ser um paraíso para garimpeiros ilegais, lenhadores e traficantes internacionais de drogas.