O ministro federal do Planejamento e Desenvolvimento, Ahsan Iqbal, disse a repórteres na terça-feira que os paquistaneses podem reduzir o consumo de chá em “uma ou duas xícaras” por dia, já que as importações representam um fardo adicional para o governo.
“O chá que importamos é importado com crédito”, disse Iqbal, acrescentando que as empresas também devem fechar mais cedo para economizar eletricidade.
O Paquistão vem enfrentando sérios desafios econômicos há meses, levando ao aumento dos preços de alimentos, gás e petróleo.
Enquanto isso, suas reservas cambiais estão despencando. Segundo a Reuters, os recursos em poder do banco central caíram de US$ 16,3 bilhões no final de fevereiro para pouco mais de US$ 10 bilhões em maio – uma queda de mais de US$ 6 bilhões e suficiente para cobrir o custo de dois meses de importações.
Muitas pessoas no Paquistão usaram as mídias sociais para ridicularizar a alegação de Iqbal de que restringir o consumo de chá fará pouco para aliviar os problemas econômicos do país.
Sharif acusou Khan de má gestão da economia e política externa imprópria do país, forçando-o a ser removido do cargo após um voto de desconfiança.
Aceitar a crescente crise econômica foi um desafio para o governo de Sharif.
O Paquistão proibiu no mês passado a importação de itens desnecessários e de luxo para “controlar a espiral da inflação, estabilizar as reservas cambiais, fortalecer a economia e reduzir a dependência do país das importações”, disse o ministro de Notícias do Marriyum, Aurangzeb, em entrevista coletiva em 19 de maio.
Sharif disse na época que a decisão “economizaria divisas valiosas para o país” e que o Paquistão precisava “economizar dinheiro”.
No final de maio, o governo levantou o teto dos preços dos combustíveis, condição para a continuidade do acordo de resgate de longo prazo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).