Líderes do MDB de diversos estados se reuniram na tarde desta segunda-feira (18) na Zona Sul de São Paulo para declarar apoio à pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. O MDB tem a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata a presidente.
Segundo o senador Eduardo Braga, do Amazonas, representantes do MDB em 11 estados vão apoiar a candidatura de Lula já no primeiro turno.
“Estamos aqui representados por 11 estados e pelas lideranças das duas bancadas do MDB para dizer da nossa decisão, portanto, de caminhar com a candidatura Lula e Alckmin já no primeiro turno”, afirmou o senador Eduardo Braga (AM).
Estavam presentes no evento o senador Renan Calheiros (AL), o governador de Alagoas, Paulo Dantas, e os senadores Veneziano Vital do Rêgo (PB), Eunício Oliveira (CE), Rose de Freitas (ES), Lúcio Vieira Lima (BA), Marcelo Castro (PI), Edison Lobão (MA), além do presidente do diretório estadual MDB no RJ, Leonardo Picciani.
Representantes do Pará (Elder Barbalho) e do Rio Grande do Norte (Garibaldi Alves) não compareceram, mas também estão com o grupo e se reuniram com a chapa na semana passada.
“Tomamos a decisão nos nossos estados de apoiar sua candidatura. Nós temos 11 estados representados do MDB comprometidos com o projeto de Brasil que todos queremos, com o fortalecimento da democracia, com a retomada do crescimento, com a retomada do emprego, renda e da Justiça social com o aspecto humanitário que este país precisa para que nós possamos ter a solidariedade e o enfrentamento da fome”, disse Braga.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que também estava na reunião, afirmou que respeita a candidatura de Simone Tebet, mas considera importante a união com o MDB.
Os desafios para os palanques de Bolsonaro, Lula e Ciro nos estados
“Essa decisão é muito importante não só para a candidatura do presidente Lula como para a democracia brasileira e para esse processo que estamos vivendo e que é muito diferente de todos os outros processos eleitorais que nós já vivemos no Brasil. Essa união de forças que acredita e luta pela democracia é fundamental para enfrentarmos esse momento.”
“E isso não traz demérito algum para candidatura já colocada pelo MDB para disputar as eleições. Quero aqui colocar o meu respeito e consideração à senadora Simone de quem fui colega por uma parte do meu mandato no Senado, à legitimidade do MDB para apresentar sua candidatura. Mas estamos num momento que nós temos que unir as forças democráticas e progressistas para evitar uma tragédia maior no Brasil. E penso que o momento é agora. Nós não temos muito tempo para fazer isso”, finalizou Gleisi.
Antes da reunião, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, afirmou que o grupo irá “defender nas Convenções [o apoio à Lula]”.
“Vamos conversar com todos que fazem o MDB no Brasil para que o MDB marche junto para o fortalecimento da nossa democracia, e a gente entende que a candidatura do presidente Lula representa isso”, declarou Dantas.
Sobre o racha interno no MDB, o governador de Alagoas declarou que ainda estão ocorrendo conversas dentro do partido.
“Obviamente a gente respeita a opinião de todos, mas o nosso ponto de vista é defender firmemente a candidatura do presidente Lula e a aliança já em primeiro turno.”
Aliança de esquerda
Partidos de esquerda que apoiam a pré-candidatura de Lula à Presidência da República pelo PT realizaram um ato em Diadema, na Grande São Paulo, no último dia 9.
As siglas que compõem a coligação Vamos Juntos pelo Brasil são PT, PCdoB, PV, PSOL, PSB, Solidariedade e Rede.
Lula (PT) disse neste sábado (9) que a fome e o desemprego enfrentados pelos brasileiros atualmente são causados “pela falta de vergonha na cara de quem governa esse país”.
A fala é uma referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), seu adversário na corrida eleitoral deste ano (veja mais aqui).
Além do petista e seu vice, o evento também conta com participação do pré-candidato ao governo de SP Fernando Haddad (PT), e do pré-candidato ao Senado pelo PSB, Márcio França, que deixou a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes para compor a chapa de Haddad.
PT e PSB tentavam costurar uma candidatura única para o estado de São Paulo, no contexto da aliança nacional que escolheu Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa Lula (PT) à Presidência. Mas antes, tanto Haddad quanto França sinalizavam que não abririam mão da disputa pelo cargo.