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Julian Assange: O fundador do WikiLeaks perdeu sua cidadania equatoriana

A decisão do tribunal invalidou a condição de cidadão naturalizado equatoriano de Assange, concedida a ele em dezembro de 2017 pelo então presidente Lenín Moreno.

Carlos Poveda, advogado de Assange no Equador, disse à CNN que apelaria da decisão.

Assange, um australiano, passou quase sete anos na embaixada do Equador em Londres, protegido pelo status de asilo, enquanto evitava a extradição para a Suécia.

Ele acabou sendo preso em 2019 pela Polícia Metropolitana de Londres sob fiança e uma ordem de extradição separada emitida pelo Departamento de Justiça dos EUA sob a acusação de conspiração para roubar segredos militares resultantes da publicação de documentos secretos pelo WikiLeaks.
Sua prisão ocorreu depois que a embaixada equatoriana perdeu a paciência com o fundador do WikiLeaks e revogou seu status de asilo. Na época, o então ministro das Relações Exteriores, José Valencia, e a então ministra do Interior, María Paul Romo, acusaram Assange de dirigir scooters pelos corredores estreitos da embaixada, insultar funcionários e espalhar fezes nas paredes.

Valencia também acusou Assange de fazer “afirmações falsas” em seus documentos de pedido de naturalização.

O governo equatoriano também se irritou com o forte apoio de Assange ao movimento de independência da Catalunha, que temia que o país sul-americano pudesse prejudicar seu relacionamento com a Espanha.

Assange está atualmente na prisão no Reino Unido por violar as condições de fiança quando entrou na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia. Os promotores suecos abandonaram uma investigação sobre assédio sexual e coerção contra ele em 2015, e uma investigação sobre alegações de estupro em 2020.

Em janeiro, um juiz britânico rejeitou o pedido de Washington de extraditar Assange para os Estados Unidos, determinando que tal medida seria “opressiva” com base em sua saúde mental.