A decisão do tribunal invalidou a condição de cidadão naturalizado equatoriano de Assange, concedida a ele em dezembro de 2017 pelo então presidente Lenín Moreno.
Carlos Poveda, advogado de Assange no Equador, disse à CNN que apelaria da decisão.
Assange, um australiano, passou quase sete anos na embaixada do Equador em Londres, protegido pelo status de asilo, enquanto evitava a extradição para a Suécia.
Valencia também acusou Assange de fazer “afirmações falsas” em seus documentos de pedido de naturalização.
O governo equatoriano também se irritou com o forte apoio de Assange ao movimento de independência da Catalunha, que temia que o país sul-americano pudesse prejudicar seu relacionamento com a Espanha.
Assange está atualmente na prisão no Reino Unido por violar as condições de fiança quando entrou na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia. Os promotores suecos abandonaram uma investigação sobre assédio sexual e coerção contra ele em 2015, e uma investigação sobre alegações de estupro em 2020.
Em janeiro, um juiz britânico rejeitou o pedido de Washington de extraditar Assange para os Estados Unidos, determinando que tal medida seria “opressiva” com base em sua saúde mental.