Uma das vítimas do anestesista Giovanni Quintella Bezerra relatou à mãe ter acordado com um um gosto muito ruim na boca após o efeito da anestesia. A gestante foi a segunda das três mulheres submetidas a cesarianas no dia 10 de julho, quando a polícia prendeu o médico por estupro de vulnerável.
O marido da mesma grávida que se queixou do gosto incomum pós-parto relatou em depoimento a dificuldade de acessar a esposa. Segundo disse, tentou voltar para junto da esposa às 13h, mas o anestesista só liberou a entrada dele por volta das 19h.
Outro documento obtido pelo Fantástico, da TV Globo, revela que Giovanni olhou para os seios da primeira paciente do procedimento cirúrgico.
“O roupão caiu e ela percebeu que o anestesista tinha olhado para seus seios e em seguida perguntado se ela estava com frio. A mulher acredita que o enfermeiro também tenha notado, porque pegou o roupão e jogou nos ombros dela”, diz.
DENÚNCIA
Até agora, a Delegacia da Mulher recebeu seis denúncias. A titular da Especializada, Bárbara Lomba, avalia que o médico “se aproveita da vulnerabilidade da vítima” para praticar o ato criminoso.
Giovanni Quintella Bezerra foi preso por uma estuprar uma mulher grávida no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense.
Na última sexta-feira (15), a Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o médico. O órgão considerou que ele agiu “de forma livre e consciente, com vontade de satisfazer a sua lascívia” para praticar atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima.